Sinto-me numa montanha russa. E
creio que este é o momento ideal para dizer: segurem-se que isto vai abanar!
Se as coisas estão mal ainda vão
ficar pior, por muito que me custe dizer isto.
Muitos, quase todos, estão no
limite e os que não estão para lá caminham. Os patrões desesperam, o mercado
está parado, não se vendem casas, não se vendem sequer cafés, e os que se
vendem paga-se um IVA de 23%. Os funcionários vêm o seu poder de compra cada
vez mais baixo, alguns já tiveram muito e, ao longo destes tempos foram-se
adaptando à nova realidade, foram cortando, e agora, pergunto eu: no que é que a maioria das pessoas vai
cortar mais?! Não há forma, não há maneira.
Milhares de desempregados,
pessoas sem fé no futuro, lutadores que passam o dia a ouvir não, quando ouvem.
Pensei que agora estávamos em
boas mãos, pelo menos foi o único que teve coragem de pegar na bela bosta que outros
foram fazendo. Não foram um nem dois, foram todos! Demasiados interesses,
demasiado dinheiro para o sítio errado. Esses sim, deviam ser culpabilizados
pelo que fizeram, tal como aconteceu na Islândia. Agora, estamos dependentes de
ajuda externa. Estamos a sofrer cortes inimagináveis, estamos a tornar-nos num
país sem esperança. Muitos acham que a solução é a queda do governo, não sei se
pensam que isto tudo foi planeado pelo nosso primeiro-ministro e que se vier
outro vai expulsar a troika do nosso país e tudo voltará a ser como era...
Não-temos-dinheiro! Precisamos deles, por muito que nos custe. Outros, os que
outrora nos governaram mal e porcamente, aparecem agora para opinar, para
criticar. Agora todos têm opinião, todos fariam diferente, todos fariam melhor.
Porque não o fizeram quando quando foram eleiros para tal?! Mas nem todos opinam, existem
alguns que preferem olhar para nós de longe, enquanto fazem jogging para linda
cidade de Paris.
Fico arrepiada com as notícias, com
o desespero, com as lagrimas, com as manifestações, com os empresários, com os
desempregados, com os jovens, com os idosos, com os pais que querem ter filhos, com todos os portugueses. Todos nós, uns mais, outros menos
sofrem as consequências de um país em estrangulamento.
Gostava de ver a luz ao fundo do túnel,
sou uma pessoa positiva, vejo-a sempre mas desta vez não consigo. Ao menos o CDS já se dignou a apaziguar as coisas, sim porque na minha opinião, o pior que nos pode acontecer é uma queda do governo nesta altura.
Falar disto neste mundo blogosférico de lantejoulas, louboutins, moda Lisboa e afins não deve ter grande leitura mas é o me apraz dizer neste momento.
Rita
nem sei que dizer :(
ResponderEliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
É triste ver o nosso país assim! Ver recém-licenciados a emigrar, ver trabalhadores a encontrar soluções fora e ver que todos vão e ninguém vem. Mais triste ainda é ver o governo a deixá-los ir embora, tantos, cada vez mais! E não arranjar uma solução fidedigna que acabe com este vai (e não vem) de profissionais, talentos, acima de tudo, portugueses!
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