Há uns bons anos atrás ter filhos
era natural e obrigatório, onde comiam dois comiam três e assim sucessivamente.
O nível de vida e as condições em que se vivia não eram comparáveis com as de
hoje em dia, (apesar da crise que vivemos) os nossos avós estavam habituados a
menos, muito menos.
Hoje em dia temos hábitos de consumo muito bem
definidos e, quer queiramos quer não, precisamos das nossas coisinhas que nos
dão qualidade de vida, bens materiais ou não. O que é certo é que nos dão muito bem-estar e dos
quais nos custa imenso abdicar. Desde os mais elementares aos mais supérfluos
como Viagens, fim-de-semana fora, jantares, almoços, umas comprinhas, uns bons
cremes, um perfume, uma garrafa de vinho até uma boa noite de sono...
Hoje em dia já muito boa gente o
faz com alguma dificuldade e equacionando sempre as prioridades. Isto para não falar nas
pessoas que se encontram desempregadas e a passar por dificuldades e restrições
inimagináveis.
Nos dias de hoje é assustador
pensar em ter um filho, assustador mesmo. E não pensem que digo isto por medo
de abdicar de pequenos luxos, não querendo ser hipócrita, isso também me assusta mas nem é tanto por aí. O realmente assustador é ter
uma pessoa que depende a 100% de nós, nós que temos um futuro tão incerto, nós
que por mais estáveis que estejamos não sabemos o que o futuro nos reserva. Eu
sei que se pensarmos assim é muito pior, temos de ser positivos, e eu sou! Mas
também sou realista, cada vez mais realista.
Mas o real desafio da parentalidade
não tem a ver só com a parte monetária mas com a parte sentimental, a
disponibilidade mental e física. Este é, na minha opinião, o maior desafio de
todos. É a verdadeira viragem numa vida. A partir daquele momento passamos a
ser três, pensamos em três. O momento em que a prioridade deixamos de ser nós próprios e nos tornamos, inevitavelmente, menos egoístas mas mais completos.
Rita
Ola Ritinha!
ResponderEliminarO ultimo parágrafo é a a verdadeira essência da vida a 3; o desafio sentimental ( o mais duro e exigente...)o altruísmo e a conjugação dos super poderes dos pais ,que nos permitem ultrapassar barreiras físicas e mentais e encarar o mundo de forma mais humilde...no fundo, é um Amor crescente desde o dia do nascimento do nosso baby (M) e pensando sempre no futuro...É um grande desafio também a vida como casal, sendo que o 2 será agora plus 1, mas com imaginação e muita ajuda do pai ( trabalhinho de equipa) a coisa flui muito naturalmente.
A minha experiência,tem sido a fabulosa, apesar dos muitos sacrifícios,nada é igual àquele sorriso lindo de chupeta na boca, acabadinho de acordar ou quando me dá beijinhos e eu sinto que será a forma de amor mais incondicional que alguma vez vou conhecer...
bjo A
Opa, agora deixaste-me completamente sem palavras. Obrigada pelo teu comentário. Gosto muito de ti e do "nosso" baby M, o meu futuro cunhado!
EliminarBeijo enorme.
Rita
Bjo Ritinha
ResponderEliminarBjos para a Baby C ( minha futura nora )
eu acho que nao e nada facil! porque nos ja tivemos uma boa vida queremos dar o mesmo aos nossos filhos, e estou a falar de algo tao simples como tempo! O meu pai passava imenso tempo connosco, a brincar, sempre presente. Neste momento da minha vida em que ambos passamos o tempo todo a viajar como podemos? Nenhum de nos pode deixar de trabalhar senao as contas nao se pagam sozinha, depois o custo das escolas e de todo o resto? Para nao falar que a nossa geracao passou pelo efeito deslocalizacao, enquanto os meus pais estao perto dos meus avos, nos estamos a kms de distancia (assim tipo 3.000), o que significa que nao temos mesmo a ajuda de ninguem. E depois devo ter filhos so porque a sociedade assim o dita? Nao e uma decisao facil e tem de ser levada a serio. A ter e para me dedicar a eles a 100%, por isso acabamos sempre para adiar para daki uns anos
ResponderEliminarLiliana, obrigado pelo comentário. Tens toda a razão... já para não falar nas pessoas que estão perto dos pais mas estes estão demasiados ocupados... a idade para a reforma já não é a mesma e muitos após a reforma não se podem dar ao luxo de ficar em casa porque há contas para pagar e , após uma vida inteira de descontos, apenas sobra uma quantia miserável a que chamam reforma.
EliminarBeijinho
Rita